Arte inglesa

 

As obras deste conjunto marcam a liberdade de composição, característica da Escola de Londres nas décadas de 1950 e 1960. São 30 exemplares deste período, permitindo o estudo da evolução da pintura inglesa dessa fase, uma fonte de pesquisa única na América Latina, adquirida a época de artistas emergentes, mas que trilharam carreiras de sucesso internacionalmente reconhecidas. Entre os valores da Coleção Inglesa, estão cinco artistas incluídos no livro especializado “O Livro da Arte”, traduzido pela editora Martins Fontes e que elenca os 500 melhores artistas do mundo, (1999) rastreados da Idade Média até os tempos modernos.

A coleção tem características peculiares como o quadro “Duet Solo Dancers Mingus”, de David Oxtoby. Esse pintor fez uma homenagem ao músico e compositor americano Charles Mingus, através da obra, projetando seu rosto na tela com grandes manchas azul-escuro, sobre fundo claro, e brincando com a ilusão de ótica, assim, seu cabelo toma  a forma de uma mulher deitada.

Duet Solo Dancers
David Oxtoby. “Duet Solo Dancers (Mingus)”. Óleo sobre tela, 198 x 122 cm. 1966.

De Frank Auerbach, temos uma das mais festejas composições, um quadro que transita entre a dubiedade de sensações: tranqüilidade – conforto  e/ou opressão – incômodo,  projetando o espectador num mundo de movimento esmagador, espessamente pastoso. Membro da Escola de Londres, seu uso para a tinta é caracteristicamente diferente dos outros artistas desse grupo livre.

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Frank Auerbach. “Nu”. Técnica mista, 80 x 57 cm. Sem data.

Bryan Organ, pintou Lady Di em traje esporte usando calça jeans, – fato inusitado-; anos depois retratou Charles- príncipe de Gales- sentado em pose descontraída, usando roupas informais, em frente a uma cerca verde. O quadro é quase inteiramente azul e verde, exceto a bandeira da Grã-Bretanha, o rosto do príncipe, suas botas e o colarinho de sua camisa. Organ, certamente revolucionou a abordagem dos retratos da monarquia. Em 1970 ele pintou retratos de quatro membros da família real britânica, três dos quais hoje estão na National Portrait Gallery de Londres. Foi também o primeiro não francês solicitado a pintar o retrato de presidente François Mitterrand.

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Bryan Organ. “Muggeridge in Blue”. Óleo sobre tela, 101 x 127 cm. 1966.

Howard Hodkin foi contemplado com o premio “Turner do Reino Unido de Arte Contemporânea” em 1985 se notabilizou por suas estampas inventivas.

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Howard Hodgkin. “Mr. & Mrs. Roger Coleman”. Óleo sobre madeira, 76,5 x 113,2 cm. Sem data (Século XX).

 

Jonh Pipper (1903-1992), durante a Segunda Guerra Mundial, foi o artista britânico da guerra, nessa qualidade produziu inúmeras aquarelas representando as áreas bombardeadas de Bath e Coventry.

Barh in Wiltshire
John Piper. “Barh in Wiltshire”. Óleo sobre madeira, 51 x 61 cm. 1942

 

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Graham Sutherland. “Forms orages”. Litografia em cores, 48 x 65 cm. Sem data (Século XX)

Grahan Sutherland, que retratou Winston Churchill, é considerado o maior artista inglês do século XX e, com estilo semi-abstrato, sempre seguiu as leis do realismo.